domingo, 3 de abril de 2016

Máquina de projectar oferecida ao Museu da Ruralidade

A oferta de espólio ao Museu da Ruralidade não é uma realidade de todos os dias. O valor do antigo ou do que cai em desuso (e valor no mais lato sentido, que não apenas no económico) está cada vez mais vivo nas pessoas. Fotografias, documentos, objectos, equipamentos, moveis, tudo é cada vez mais uma relíquia de família que cada um quer ter para mostrar. A valorização do património e sobretudo a sua dignificação, fenómeno a que vimos assistindo de forma muito positiva de há alguns anos a esta parte, considerando a sua importância para a construção do devir da comunidade, torna cada vez menos frequente que as pessoas ofereçam "as coisas velhas" que têm em casa. Alguns também não oferecem porque querem ver no imediato as coisas expostas, sem qualquer contextualização ou lógica. No entanto, nesta experiência do Museu da Ruralidade (de quase dez anos) temos tido uma "mecenas" incansável, cujo contributo tem enriquecido extraordinariamente este Museu. A Dona Maria Manuela Figueira. Nas suas viagens entre Castro Verde e Lisboa não são raras as vezes que oferece mais algum objecto ao Museu. Desta vez trouxe a terceira (!) máquina de projectar de 8m/m, o que nos transforma numa potencial reserva da história da multimédia. Em jeito de agradecimento aqui deixamos este registo, pelo exemplo, mas sobretudo pela forma abnegada como colabora connosco e como ajuda a construir este Museu.







Esta é uma Eumig P8, Phonomatic Novo. Austríaca. Comercializada entre 1963 e 1966. A máquina está acondicionada numa caixa (original) de couro castanho, forrada a veludo verde no interior. Como acessórios tem uma bobine, um cabo de alimentação eléctrico, uma escova de limpeza da máquina e um pincel (de origem alemã) para limpeza da lente. Faz parte deste conjunto o certificado de garantia da máquina. Uma pequena relíquia para um destes dias integrar uma nova exposição do Museu da Ruralidade. Nº Provisório de Inventário 2016/06 - 2/4/16.