sexta-feira, 9 de junho de 2017

III Encontro da Cátedra da Unesco, em Castro Verde

É já no dia 22 de junho, no Fórum Municipal, que se realiza em Castro Verde o III Encontro da Cátedra Unesco em Património Imaterial e saber-fazer tradicional.

terça-feira, 6 de junho de 2017

Francisco Lobo: produzir cal com 10 anos...

Francisco Lobo nasceu em 1920, nas terras do Lombador (Castro Verde). Dos 11 anos aos 30/32 trabalhou nos Fornos de Cal do seu pai, João Francisco Lobo. Carregar lenha, carregar pedra, enfornar, tirar a cal do forno... Os fornos, junto à ribeira de Cobres, nos Porteirinhos, Almodôvar, são um excelente exemplo de uma arquitectura (extinta) aproveitando a orografia e os recursos. Pedra assente em barro junto a zona de água e pedra "calcária". Fazia-se cal quase todo o ano, mas aproveitava-se sobretudo o tempo quente. Estevas, loendros, juncos, toda a vegetação servia para queimar, nas quase 100 carradas de lenha que eram necessárias para fazer as duas fornalhas dos dois fornos que a família levava. Dormia-se numa cabana de mato que, quando chovia, não cobria nada. Fugia-se então para uma espécie de gruta que havia na pedreira. Na foto, Francisco Lobo (97 anos) e o seu filho Arlindo na visita que realizámos hoje, 6 de junho, numa viagem que o levou a contar histórias de há 80/70 anos. estórias...


A pedreira, junto da qual se construíram quatro fornos


1889, data de construção do maior forno do conjunto de seis da zona


entrada para o grande forno que, segundo o nosso interlocutor, só cozeu uma vez



aspecto da abóboda


imagem de conjunto e da boca do forno


Francisco Lobo (97 anos) e o seu filho Arlindo


Um dos fornos de cal e a ribeira de Cobres ao fundo


Texto e fotografias: Miguel Rego