TERTÚLIA A 13, quinta.feira, a partir das 20 horas, com o construtor de instrumentos Daniel Luz
Daniel Luz tem uma extraordinária habilidade manual para trabalhar o objecto em madeira. Seja ele qual for. Mas a sua arte, fruto de um processo de autodidatismo, revela-se na engenharia de som que trazem os seus instrumentos, que através de cálculos matemáticos lhe permite obter de forma precisa a escala temperada de notas musicais.
A forma como transmite a sua cultura geral sobre as várias madeiras que utiliza e sobre cada tipo de viola que produz, levam-nos muito além da simplicidade da sua oficina e das suas ferramentas. Dali saem não são só os modelos mais clássicos e acústicos como as violas, guitarras portuguesas, guitarras de Coimbra, bandolins e as violas campaniças, como também, e para admiração dos participantes, guitarras elétricas.
Em todos os recantos do mundo tem Daniel Luz instrumentos feitos pelas suas mãos. Com doze demãos de verniz, dando-lhe laivos de beleza difíceis de reproduzir. Instrumentos que exigem muito tempo, dedicação e gosto. Um gosto de construir que gostaria de partilhar com quem quiser realmente aprendê-la.
A Tertúlia a 13, do Museu da Ruralidade, da próxima quinta-feira, recebe este artesão de S. Teotónio, Odemira, mas que a música levou a todos os outros lados do mundo. Com ele vamos ver como se constrói uma campaniça ou uma guitarra portuguesa. Porque se escolhe esta ou aquela madeira e porque as cordas têm este ou aquele som.